Aclamado por público e crítica, “Ninguém Sabe Meu Nome” retorna aos palcos no Galpão Cine Horto, em BH - ALÔ ALÔ CIDADE

Aclamado por público e crítica, “Ninguém Sabe Meu Nome” retorna aos palcos no Galpão Cine Horto, em BH

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Com direção de Inez Viana e Isabel Cavalcanti e encenado por Ana Carbatti, monólogo reflete sobre os desafios da relação de uma mãe preta com seu filho diante do racismo na sociedade

Aclamado por público e crítica, “Ninguém Sabe Meu Nome” retorna aos palcos no Galpão Cine Horto, em BH - Foto: Renato Mangolin 


O dilema de uma mãe preta em falar sobre o racismo na sociedade com o filho é o ponto de partida da peça “Ninguém Sabe Meu Nome”, que retorna aos palcos no Galpão Cine Horto, em Belo Horizonte, nos dias 20 e 21 de maio, sábado, às 20h, e domingo, às 19h. A produção, aclamada por público e crítica, tem idealização e interpretação de Ana Carbatti, texto de Mônica Santana e Ana Carbatti, além da direção de Inez Viana e Isabel Cavalcanti.

 

O monólogo reflete sobre os códigos racistas tácitos da sociedade, seus imes, impactos e possíveis propostas de reparo. Em meio a isso, o desafio de uma mãe preta de meia idade, Iara, para educar e orientar seu filho pequeno, Menino, diante de uma sociedade que não o reconhece como igual, mesmo em um país, o Brasil, que tem a maior população preta do mundo fora do continente africano. Em cena, Ana Carbatti se multiplica em muitas vozes e corpos, cujas expressões são as premissas do projeto, que é apresentado e patrocinado pelo Banco BV.

 

- Da reflexão ao entretenimento, provocando engajamento e empatia, distinguimos o problema do preto e o problema do branco. Iara só quer ter a certeza de que seu filho vai chegar à idade adulta e se tornar um cidadão comum e respeitado. A sua angústia sintetiza a de milhões de mães no Brasil e no mundo – conta a premiada atriz, indicada ao Prêmio Shell e ao APTR pelo papel.

 

Tudo começa quando ela acorda de um pesadelo onde ocorre o desaparecimento de Menino. A partir daí, começa por questionar sua própria existência e sua função na sociedade, como mulher e mãe: educar seu filho para que se desenvolva como um indivíduo que cresça, floresça e contribua para a sociedade ou despi-lo, ainda em tenra idade, de sua inocência de modo a prepará-lo para o enfrentamento de uma sociedade que não o reconhece como igual. Em uma conversa íntima com o público, ela discorre sobre suas principais angústias, medos e esperanças, falando através de todos os seus sentidos, se expondo e expondo seu corpo tão marcado quanto belo, tão liberto quanto invisível.


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- É urgente refletir e falar sobre o racismo no Brasil e sobre a violência que sofre a população preta, grande maioria no país. É fundamental repensar a história brasileira: um país fundado a partir do massacre violento de muitos, por parte de uma elite privilegiada. Nesse momento, em que vivemos um período de retrocesso político atroz, de guerra psicológica, emocional e moral, é fundamental esse debate no teatro, que é o lugar em que a nossa humanidade ainda sobrevive. E onde ainda é possível um diálogo amoroso – ressalta Isabel Cavalcanti.

 

Sem deixar de lado o humor e a empatia, o espetáculo traz uma reflexão sobre como a sociedade ainda precisa compreender sua responsabilidade e agir para reparar sua dívida histórica com a população preta.

Aclamado por público e crítica, “Ninguém Sabe Meu Nome” retorna aos palcos no Galpão Cine Horto, em BH - Foto: Renato Mangolin 

 

- Promover a presença e o protagonismo pretos é necessário para a construção do que pode(re)mos chamar de identidade brasileira. E só o antirracismo conseguirá nos devolver à humanidade perdida em mais de 300 anos de escravização. Não haverá liberdade enquanto não houver igualdade. Essa peça é uma das mais importantes que já fiz, em quase 40 anos de teatro. É a palavra-semente que precisa ser espalhada pelo mundo – destaca Inez Viana.

 

Serviço:

Apresentações: 20 e 21 de maio

Onde: Galpão Cine Horto - Rua Pitangui, 3613 - Horto, Belo Horizonte

HORÁRIOS: sábado, às 20h, e domingo, às 19h  

INGRESSOS: R$30 e R$15 (meia-entrada)

DURAÇÃO: 60 min

CLASSIFICAÇÃO ETÁRIA: 12 anos

GÊNERO: drama

Mais informações: 31 3481-5580 / https://galpaocinehorto.com.br/

 

FICHA TÉCNICA:

Idealização: Ana Carbatti

Texto: Ana Carbatti 

Dramaturgia: Inez Viana e Mônica Santana

Direção: Inez Viana e Isabel Cavalcanti

Direção de Movimento: Cátia Costa

Cenário: Tuca Mariana

Figurino: Flávio Souza

Desenho de Luz: Lara Negalara e Fernanda Mantovani

Direção Musical: Vidal Assis

Direção de Produção: Aliny Ulbricht

Produção Executiva: Raissa Imani

Direção de Comunicação: Daniel Barboza

Coprodução: Kawaida Cultural

Produção Local/Apoio: Instituto In-Cena

Assessoria de Imprensa: Carlos Pinho

Apoio: Instituto In Cena e Teatro Cine Galpão 

Patrocínio: Banco BV

Realização: Ministério da Cultura, Governo Federal - BRASIL, União e Reconstrução.

Instagram: @ninguemsabemeunome_ 

 

ANA CARBATTI – atriz e autora

 

Formada pela CAL e pela Uni-Rio, tem trilhado nos últimos 30 anos uma carreira de sucesso no teatro, televisão e cinema. Ganhou 4 prêmios de melhor atriz por sua atuação no filme “Os Inquilinos”, sob a direção de Sérgio Bianchi, com quem realizou outros dois filmes. Dentre as 20 novelas em que atuou, destacam-se “A Força de um Desejo”, “JK”, “Laços de Família”, “Lado a Lado”, “Amor à Vida”, “Haja Coração” e “Tempo de Amar”, todas na TV Globo.

 

No teatro, atuou em mais de 60 produções, destacando-se em “Otelo da Mangueira”, “A Capital Federal” e a “Divina Comédia”, respectivamente sob a direção de Daniel Herz, André Paes Leme e Regina Miranda, e “Tim Maia – O Musical”, sob a direção de João Fonseca, além dos espetáculos infantojuvenis “Manuel Bandeira: Estrela da Vida Inteira” e “Histórias de Jilú”. Em 2014, protagonizou o musical “Clementina, Cadê você">

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